quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A religião e o voto

 “Eu não acredito que se deva votar por motivação religiosa. Mas se alguém quer decidir o voto em função da religião, deve, no mínimo, ser coerente com sua crença.  Portanto, quem é cristão (seja católico ou evangélico), precisa, em primeiro lugar, não dar ouvido ao Caluniador. Todo mundo sabe que é especialidade de Satanás acusar, denegrir e destruir. Portanto, candidato que se faz a peso de caluniar, difamar, denegrir e desconstruir a reputação do adversário não deve merecer voto de cristão senão se estará dando ouvido ao Caluniador (estar-se-e dando voto a quem age como Satanás).
     
Depois, o cristão deveria votar no candidato que tivesse uma conduta mais parecida com a de Cristo. Isto quer dizer que o cristão deve votar apenas em quem tem uma opção muito clara pelos menos favorecidos. Então todo aquele que critica(va) as políticas em favor dos mais pobres não merece o voto do cristão (Cristo sempre optou pelos mais pobres). O cristão deve votar naquele que trata com dignidade os excluídos, os “perdidos” pois Cristo respeitou a dignidade da prostituta (equivalente daquela época aos homossexuais, os drogados e traficantes de hoje). 
     
Sobretudo, o cristão deve levar em conta que Cristo, com seu discurso e atitude em favor das camadas mais humildes foi perseguido e caluniado pelos poderosos e pelos bajuladores dos poderosos. Certamente hoje seria acusado de comunista e terrorista, de ser amigo de prostitutas e outros pecadores “perdidos”.
      
Na hora de definir o voto por questões religiosas, o cristão deve se lembrar da Parábola do Bom Samaritano (vide Lucas, 10, 25-37) e ver que quem mais agrada a Cristo é quem tem uma opção muito clara pelos mais pobres, que vem de um grupo político que executa políticas em favor preferencialmente dos mais necessitados e que não faz campanha com infâmias e boatos maledicentes.
      
E não se pode esquecer que a direita religiosa elegeu Bush com o argumento de que Al Gore era a favor do aborto, no entanto Bush promoveu duas guerras que mataram mais pessoas e geraram ódio mais que os abomináveis abortos nos EEUU e arruinou a Economia americana, levando desespero ao seu povo. Por outro lado, Barak Obama, que chegou a fazer discurso criticando o uso da Bíblia para fundamentar convicções política, está universalizando o atendimento à saúde, o que vai curar as feridas de muitos desamparados e feridos.
      
Antes de decidir com critérios religiosos o voto é preciso lembrar que não se está elegendo pessoas para assuntos religiosos. Mas, se ainda assim, o critério de decisão de voto do cristão for a religião, que pelo menos não seja por aspectos superficiais mas pela essência  que é a clara e inequívoca opção pelos mais pobres e que não se dê ouvidos ao Caluniador, à boataria infamante”
     
Esse belo artigo é de autoria do amigo Mauro Bueno. Da minha parte fica apenas o comentário: Sou Cristão, voto Dilma Presidente! Meu voto não tem caráter meramente religioso. Voto Dilma porque vejo nela a única possibilidade de dar continuidade ao projeto de desenvolvimento econômico e inclusão social que, apenas em oito anos, já mudou a cara do Brasil. Tenho recebido vários e.mails espalhando boatos e mentiras contra Dilma. Já assisti esse filme nas primeiras campanhas de Lula. Aos boateiros e caluniadores de plantão, eu digo: “Xô Satanás!”

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