tag:blogger.com,1999:blog-8169361261008195052024-02-20T00:52:39.568-08:00Auro MaiaAuro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-81207099739570269812011-03-01T17:16:00.001-08:002011-03-01T17:16:35.118-08:00Pacto Social<div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: center;"><img height="200" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/pacto_social.jpg" width="200" /></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O portal “Passos News” de 27/02 trás uma matéria que exige a atenção de todos nós. A matéria mostra que no intervalo de uma semana foram registrados três casos de homicídios e um suicídio consumado em Passos. A cada mês, as estatísticas criminais aumentam e a violência alcança níveis assustadores.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se no passado outros foram omissos, se não cuidaram das questões sociais, da segurança, do abuso de álcool e drogas é evidente que nós estamos colhendo os amargos frutos da irresponsabilidade. Mas também não adianta ficar dizendo que a violência é um problema de segurança publica, da policia, da justiça ou da ausência de ações políticas dos nossos governantes. Poder Publico e sociedade tem sua parcela de responsabilidade.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">O fato é que não podemos ficar calados, inertes, acomodados ou pessimistas com essa situação. Nós, representantes dos Poderes Públicos e sociedade não podemos mais adiar a adoção de ações coletivas para amenizar o problema, pois somos co-responsáveis quando cometemos o grave crime da omissão. Diante dessa realidade, estamos propondo a realização de um “Pacto Social” onde os Poderes Públicos (Executivo, Legislativo e Judiciário), o Ministério Publico, as representações dos setores organizados da sociedade: educação, indústria e comercio, saúde, as igrejas e todos os segmentos possam participar juntos na busca de soluções.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">É evidente que, entre as ações para diminuir a violência em Passos, é urgente e necessário combater de forma mais ostensiva o uso indiscriminado de álcool e outras drogas. A idéia do “Pacto Social” propõe, por exemplo, que os setores da educação, saúde e assistência social se reúnam para apresentar propostas de ação coletiva para a questão da prevenção e combate às drogas. Por outro lado, os órgãos de segurança, as policias civil e militar também deverão planejar junto as suas ações.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Na questão do combate e prevenção às drogas, as igrejas, de todas as denominações e credos, têm poder incalculável de mobilização e ação que pode garantir resultados significativos. Se, refletirmos bem, cada pessoa, em cada localidade, seja no trabalho, na rua, na igreja ou no próprio lar pode pensar e trazer algo positivo para contribuir.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Mas no “Pacto Social” a maior ação será sem dúvida a promoção da cultura da paz. Um especialista em cultura e paz disse que se a sociedade se mobilizasse em busca da paz do mesmo modo que se mobiliza para a guerra, seria facílimo extinguir a violência humana.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Outro dia, no lançamento do inicio das obras da reforma do Mercado Municipal de Passos, falei que o mais importante não é a obra em si, mas a sua destinação voltada para a geração de trabalho e renda através do Centro de Economia Solidária. Pode até parecer que isso nada tenha a ver com a violência, mas tem. Quando a sociedade souber partilhar os espaços coletivos e distribuir bens e riquezas de maneira justa, teremos mais paz e menos violência. Naquele dia, pude lembrar a mensagem do maior especialista em cultura de paz que já conheci: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Os casos de homicídio, o abuso de álcool e droga, a exclusão social que acontece em Passos trazem a péssima noticia da morte. A proposta do “Pacto Social” pretende trazer à tona a Boa Nova do Cristo, promovendo a paz e combatendo a violência.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-66315743562655832742011-02-20T16:24:00.000-08:002011-02-20T16:24:56.749-08:0031 ANOS DO 13<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"></span></span><br />
<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img height="250" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/PT_31_anos.jpg" width="320" /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como é bom comemorar os 31 anos do Partido dos Trabalhadores e sentir o quanto crescemos e contribuímos para o desenvolvimento do nosso país, das nossas cidades e da melhoria de vida de cada cidadão brasileiro. Em 1994, o Pedro Tierra escreveu o poema “Os Filhos da Paixão” que traduzia nossa caminhada: “Carregamos no peito, cada um, batalhas incontáveis. Somos a perigosa memória das lutas. Projetamos a perigosa imagem do sonho. Nada causa mais horror à ordem do que homens e mulheres que sonham. Nós sonhamos e organizamos o sonho”. </span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> <br style="height: 1px;" />Assim o PT foi construído, na organização dos trabalhadores, nas prisões da ditadura militar, no coração e na garra de cada militante. Depois das derrotas pra Collor e FHC, nosso retirante nordestino, metalúrgico ganhou a presidência da república e o <br style="height: 1px;" />Partido dos Trabalhadores apresentou o seu sonho ao Brasil e ao mundo. Nos oito anos do Governo Lula o Brasil mudou conseguindo aliar crescimento econômico e desenvolvimento social. <br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Agora é a vez da mulher brasileira assumir o comando. Dilma Rousseff é eleita quebrando vários tipos de preconceitos. A confiança do povo brasileiro no Governo Dilma é resultado da maturidade política. O pensamento político evolui. O populismo, as falsas promessas estão caindo por terra a cada dia e em todos os cantos do país aumenta o senso de responsabilidade da população no cuidado com a administração publica.<br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Realmente, temos muito a comemorar! Em nossa cidade de Passos, o Partido dos Trabalhadores decidiu romper horizontes. Em pleno Governo Lula, não podíamos continuar simplesmente assistindo tudo como se não tivéssemos nada a ver com isso. Não podíamos lavar as nossas mãos. Era preciso, ainda que com sacrifício, interferir na vida e na melhoria da nossa cidade. Decidimos apoiar e participar de um governo municipal. Vencemos e na parte que nos foi confiada temos a certeza de que estamos fazendo muito e o mais bonito é que estamos indo muito além, trabalhando coletivamente por nossa cidade. <br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Hoje, a participação do Partido dos Trabalhadores à frente da Secretaria Municipal de Assistência Social traz como resultado uma verdadeira revolução. Colocamos um ponto final no assistencialismo barato que só servia para manter as pessoas dependentes de favores e invertemos a prática fazendo acontecer a promoção da cidadania e o desenvolvimento humano. Com criatividade e muita disposição para o trabalho estamos implantando a verdadeira política de assistência social, Trouxemos o IF Sul de Minas, apresentamos o projeto do Restaurante Popular, conseguimos os recursos para a reforma e revitalização do mercado municipal e estamos trabalhando diariamente para que essas obras sejam iniciadas. E logo vamos chegar lá porque sabemos que os sonhos se realizam quando acreditamos neles.<br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Nossa participação no governo municipal tem sido um aprendizado. Governar não é fácil, principalmente quando os recursos são poucos. Nesse aprendizado já ficou uma lição: é preciso ter coragem pra ser diferente e compromisso pra fazer a diferença. Palavras como desistir e até mesmo descansar foram riscadas do nosso vocabulário. Pra espantar nosso cansaço basta o olhar confiante de uma criança dizendo que o futuro nos espera e não podemos parar. <br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Nos “31 anos do 13” deixamos nosso abraço a todos aqueles que de alguma forma construíram essa história e aos que se somam a nós porque aprenderam que o tempo para pra esperar. A benção, Dercio Andrade e Professor Osorinho Lemos que já não estão mais entre nós. Obrigado, Odair Cunha, Nilmário Miranda, Professor Dimas, André Quintão e tantas outras lideranças que se somam à nossa!<br style="height: 1px;" /> </span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-51766727508733479342011-01-27T13:08:00.001-08:002011-01-27T13:08:33.795-08:00Secretaria inicia Casa Lar em Passos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/360WGcSW03o?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-866720396603118532011-01-27T08:04:00.000-08:002011-01-27T08:09:17.575-08:00Além da Casa-Lar<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></div></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A implantação da Casa Lar como serviço de proteção para crianças em risco social, vítimas de abandono, violência ou negligência em Passos é um avanço na política de assistência social. Tanto a Casa Lar, quanto as Famílias Acolhedoras, quando bem estruturados, conseguem garantir a proteção social das nossas crianças e adolescentes.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">É preciso deixar claro, que proteção social não tem nada a ver com trancar crianças e adolescentes dentro de um local habitável. A Casa Lar, medida alternativa ao abrigo deve garantir a convivência familiar e comunitária e este é o nosso principal desafio.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Garantir o direito à convivência comunitária significa que as crianças e adolescentes, na Casa Lar deverão freqüentar a escola, creche, programas de inclusão social, ir ao médico, dentista, e, principalmente, ir ao cinema, ao futebol, ao parque de diversões, ter acesso aos programas de lazer, ter amigos e tudo aquilo que dá sentido à existência humana. Proteger significa contribuir para que a criança e o adolescente possam pertencer à sua comunidade e se desenvolver com ser humano, sem constrangimentos, sem olhares preconceituosos, sem qualquer tipo de discriminação.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Infelizmente, muitas vezes, as crianças e adolescentes vítimas do abandono e da violência acabam sendo tratados pela sociedade e pelo poder publico como se fossem culpados da situação em que se encontram. Nesse processo, passamos a julgá-los sabendo que eles não são culpados de nada. Na verdade, eles são vítimas, foram abandonados, é isso!</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Conscientes dessa situação de abandono ou violência nosso papel é afastá-los do risco social e protegê-los. Essa é uma parte da história, que devemos cuidar com maestria. A outra parte égarantir o direito à convivência familiar.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Em primeiro lugar, a Casa Lar deve se constituir como uma família em caráter excepcional e temporário, mas é preciso ser uma família. Sempre digo que as mães ou educadores sociais que trabalham numa Casa Lar têm que ter vocação e acima de tudo, amar o que fazem. O amor ao próximo descrito no primeiro mandamento que faz de todos nós uma família.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Além da convivência na Casa Lar, como numa família, é imprescindível ir à causa do problema. É preciso conhecer os motivos das situações de violência, abandono e negligência familiar a que as crianças e adolescentes foram submetidas. Nessa hora, certamente, vamos chegar aos mais graves problemas sociais que são: o uso de drogas como o álcool e o crack por parte dos pais, o desemprego, as precárias condições de moradia, a total desinformação, fatores que na maioria das vezes provocam a desestrutura de uma família. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Para garantir o direito à convivência familiar da criança e do adolescente é preciso resgatar a família desestruturada. São pais ou mães dependentes químicos que precisam ser tratados, jovens que precisam ser orientados, gente que precisa de trabalho. Aí entra a importância da rede de serviços públicos (saúde, assistência social, educação, habitação) e a parceria da sociedade civil. Posso afirmar ainda que há muitos casos que a responsabilização dos pais também deve ser rígida para que possam refletir, tomar atitudes e até procurar ajuda. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Há muitos anos ouvi uma musica do P. Zezinho que dizia: “E eu queria somente lembrar que milhões de crianças sem lar. São frutos do mal que floriu num país que jamais repartiu”. Triste realidade. Mas, se as administrações públicas tem a coragem de criar Casas Lares, Caps AD, e se famílias se dispõe a ser acolhedoras, nasce dentro de nós uma nova esperança no repartir o pão e o amor fraterno.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-9071698158159547012011-01-18T15:25:00.000-08:002011-01-18T15:25:17.688-08:00Águas de Janeiro<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img height="284" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/aguas_janeiro.jpg" width="400" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">É pau, é pedra, é o fim do caminho<br style="height: 1px;" />É um resto de toco, é um pouco sozinho<br style="height: 1px;" />É um caco de vidro, é a vida, é o sol<br style="height: 1px;" />É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">As águas de janeiro devastaram a casa onde, no princípio dos anos 1970, o músico Tom Jobim compôs a música “Águas de Março. Até agora, são 670 mortos, quase 14 mil desabrigados só na região serrana do Rio de Janeiro. A catástrofe chama a atenção do mundo inteiro por ter sido um fenômeno raro e avassalador que sequer deu chance às pessoas de se protegem, mas também denuncia a gravidade da ocupação desordenada do solo urbano. O cenário é dramático, uma guerra cujas armas foram sendo colocadas pelo próprio homem.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro foi causada por um tipo de deslizamento considerado raro e avassalador por geólogos. Além do escorregamento de terra, a tragédia foi agravada por um fenômeno chamado de corrida de lama e detritos. É quando uma série de deslizamentos acontece ao mesmo tempo, no mesmo lugar, e tão rápido que praticamente impede que as pessoas se protejam. Trata-se da maior magnitude de escorregamento de terra possível.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">"É bom sempre frisar que a responsabilidade não deve ser creditada a fenômenos como o aquecimento global ou a imprevistos geológicos e pluviométricos. Tudo que tem acontecido está associado à desordenada ocupação urbana de áreas geologicamente inadequadas", disse Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor de Planejamento e Gestão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). E aí todos tem culpa, quem ocupa e quem não fiscaliza.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">No desespero, as pessoas tentam cavar a terra à unha para encontrar familiares. O país inteiro se mobiliza para ajudar e a solidariedade é une o país. Entre os twiteiros uma mensagem interessante: ”Não gaste telefone eliminando algum candidato do BBB nesta semana.Converta esse valor, doando para as pessoas que perderam tudo”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">2011 traz para nós uma importante reflexão sobre o meio ambiente. Na minha cidade a chuva fina e mansa permite que as pessoas durmam tranquilamente e sonhem com um mundo melhor. São seis horas, da manhã. Na esquina da Padaria em Passos, vejo duas senhoras revirando contêineres de lixo, catando materiais recicláveis. Até quando nós, que integramos o Poder Público faremos de conta que estas cenas não existem? Até quando nós, sociedade continuaremos de braços cruzados? O nosso lixo é o luxo de muitas pessoas. Quase tudo o que vai para os aterros e traz danos ambientais, se separado, reciclado, pode se tornar a sobrevivência salário, limpeza urbana e sobrevivência de muita gente.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">No meio das águas que rolam, nem ricos nem pobres foram poupados. Condomínios de luxo e favelas. E Jobim cantou: “É o mistério profundo, é o queira ou não queira”. Lembrei de um trecho da Carta do Chefe Seatle, escrita em 1854 ao presidente dos Estados Unidos: “"De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará". Creio que já não precisávamos mais de avisos. Que ouçamos o recado das águas de janeiro.</span></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-91301179603014789412011-01-18T15:24:00.000-08:002011-01-18T15:24:26.176-08:00Humanização no serviço público<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/humanizar_preciso.jpg" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Você já imaginou se as pessoas, que atuam no serviço publico, pudessem fazer uma pausa para refletir sobre a consciência da sua missão no seu espaço de trabalho e as conseqüências disso na sua vida e na vida do outro? Afinal de contas, o que justifica o trabalho é o dinheiro, o salário a receber ou a oportunidade que se tem para a construção do ser humano, do ser que trabalha e do ser que depende do seu trabalho?</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Pensando nesta realidade, a Secretaria Municipal de Assistência Social realizou no dia 13 de janeiro de 2011 um importante momento de reflexão sobre a humanização no serviço público. Nesta hora em que a maioria das pessoas tira férias, os funcionários da Semas estão sendo convocados para uma pausa coletiva, pouco mais de uma hora para pensar e refletir sobre a ação de cada um no trabalho diário.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Para quem trabalha no serviço publico, é fácil perceber quando alguém que chega precisa apenas de um pouco de atenção. Nesse momento, a solução pode estar na sensibilidade do servidor publico ao ouvir e indicar o caminho. Nas vezes em que o problema é urgente, aí o que vale mesmo é agir de todas as formas possíveis para buscar uma solução.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Injustificável é omitir. A omissão, em qualquer área traz graves conseqüências. Na área social a omissão é um dos piores crimes, pois contribui para aumentar a violência e a criminalidade. Sempre digo que a omissão na proteção de crianças e adolescentes, por exemplo, pode ter como conseqüência a existência do menor infrator. O menor desprotegido, mal acolhido fatalmente se torna um menor agressor e, quando adulto, o marginal. Daí a importância da ação preventiva, daí a importância do trabalho sério e comprometido do servidor publico. A humanização no serviço publico implica na atuação profissional que impede qualquer ato de omissão.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Difícil mesmo, no serviço publico, é quando a burocracia emperra tudo. Ai, fazer o quê? É preciso cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, a licitação número tal e a demora é fatal! E quanta demora! Ministério Publico de olho e Judiciário atento. No Legislativo eis a questão: ser ou não ser oposição. Em cada lugar, em cada espaço de poder, cada um que trabalha é um servidor publico e não pode se esquecer que acima da autoridade está o servir. Aí cabe a responsabilidade de agir coletivamente, em sintonia buscando construir a grande obra que é o ser humano.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Gosto quando vejo os bons resultados de um trabalho humanizador. Como é bom sentir o brilho nos olhos, o sorriso no rosto de quem atende e de quem é atendido. E aí eu fico com a mensagem de Charles Chaplin no “Ultimo Discurso”: “Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu oficio. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar, se possível, judeus, o gentio, negros, brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros. Nesse mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos...Lutemos por um mundo novo...um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Nossa luta por um mundo novo acontece no dia a dia, lembrando sempre o recado de Chaplin de que não somos máquinas, mas somos pessoas, com sentimento, alma e coração. A humanização das ações no trabalho, na família e na sociedade é o que dá sentido à nossa existência.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-78028544336503952472010-12-31T19:06:00.000-08:002011-01-03T16:21:24.326-08:00PRA COMEÇAR 2011<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img height="282" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/ano-novo.jpg" width="320" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Pra mim, o ano velho terminou com uma linda lição. De repente, surge uma garotinha à porta da Secretaria de Assistência Social. “Eu posso falar com o Auro Maia?” pergunta. Rapidamente, ela é convidada a entrar e, com desenvoltura, expõe os motivos de sua visita. “Olha o assunto é muito sério. Sério mesmo! Minha tia tem grave problema de visão. É miopia sabe...”</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Em poucos instantes, a menina de apenas 11 anos de idade relatou a história da tia e a luta para conseguir o encaminhamento através do serviço público. “Olha, faz um ano que ela está tentando e não consegue e agora disseram que não vai ter jeito. Quando minha tia me falou sobre o problema eu prometi que iria ajudá-la e que isso não iria ficar assim”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">No decorrer de sua fala, ela faz uma revelação: “Sabe, eu tenho um grande sonho, estudar numa escola particular”. “Bom, mas o senhor vai ajudar a resolver o problema da minha tia?”. Respondi que a assistente social iria fazer uma visita e os encaminhamentos possíveis para atendê-la. “Mas quando é que o senhor vai me dar uma resposta”. “Hoje mesmo visitaremos sua tia, qual é o telefone da sua casa?”. E ela me passou o número de um celular: “É meu celular, é feinho, mas é meu”. “Bom então eu vou ficar aguardando um retorno seu”. E saiu sozinha, caminhando como uma pessoa que tem uma clara visão de cidadania.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Juliana e eu ficamos impressionados com a capacidade de argumentação e o conhecimento daquela criança. É raro ver até num adulto tamanha clareza, firmeza e convicção. Na correria da vida, nós adultos tantas vezes deixamos de acreditar em nós mesmos, nos nossos sonhos e somos tentados a desistir. Ainda mais no cansaço do final de ano. E a garotinha veio trazer o recado: “Não importa o tamanho do problema é preciso fazer de tudo para resolvê-lo”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">2011 bate a nossa porta como uma criança ansiosa por tornar melhor a vida de todos. Cabe a nós receber o Ano Novo sem temor, sem receio de lutar e ir, seja aonde for, para alcançar esse objetivo. Nós cidadãos, independente da posição que ocupamos na sociedade, precisamos procurar os meios necessários para que possamos solidária e coletivamente viver melhor, conscientes de que, se cada um fizer a sua parte, muito será possível. Nós, representantes do Poder Publico temos por obrigação ouvir, avaliar, correr atrás para resolver. Afinal de contas, é para servir que estamos no poder.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">O cansaço do ano que termina faz parte do passado, algumas pendências, dificuldades previstas, tudo parece ameno, novas possibilidades surgem e o mais importante é que é preciso continuar, realizar nossos sonhos, porque a qualquer hora uma criança vai bater à nossa porta: “Posso falar com o senhor? O assunto é muito sério...”</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Seu nome? Tainara. Por curiosidade busquei o significado: “De origem indígena, variante de Taiguara. O Liberto. Muita compaixão e amor pra dar, é capaz de passar a vida fazendo o bem pelas pessoas, chega até a se esquecer que também é uma pessoa que pode precisar de receber ajuda e amor”. Imagine se todo mundo pudesse ser Tainaras e Taiguaras.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Lembrei-me das músicas do Taiguara, cantor e compositor, símbolo da resistência à censura durante a ditadura militar. “Lá onde eu estive o sonho acabou, cá onde eu te encontro só começou. Lá colhi uma estrela pra te trazer, bebe o brilho dela até entender que eu preciso, eu preciso de você. Nós precisamos sim, você de mim, eu de você”. Teu sonho não acabou, linda música, bom pra começar 2011. Por que o sonho das crianças não pode acabar! </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-68859338969397674122010-12-28T13:26:00.000-08:002010-12-28T13:27:12.180-08:00Pra terminar 2010<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: 30px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; line-height: 18px;"></span></span></span><br />
<div style="font-size: 12px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img height="300" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/auro_maia_papai_noel.jpg" width="400" /></span></div><div style="font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Natal 2010. Joguei fora a vaidade, botei uma dessas roupas de Papai Noel e saí, com o amigo Chiquinho, distribuindo presentes. Como é bonito sentir a alegria das crianças ao ver o “Bom Velhinho”. Era menino saindo correndo das casas, fazendo os pais pararem o carro só pra ver de perto o velho de barbas brancas. Sorrisos sinceros, quantos abraços apertados! De repente, uma senhora pergunta se fazíamos entrega no dia de Natal. </span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> <br style="height: 1px;" />Respondi que não, que aquele passeio na véspera era só uma brincadeira. Chiquinho, na sua natural solidariedade, perguntou onde era. E já estávamos com o primeiro endereço de entrega para a Noite de Natal. Numa esquina do bairro Santa Luzia, duas meninas entregaram suas cartinhas: “Papai Noel, meu sonho é ganhar uma linda boneca”. Durante três horas, andamos pelos bairros, visitando crianças e amigos num gostoso clima de festa.<br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Chega o Dia de Natal. Durante a tarde acompanhei Abelardo, na Associação dos Moradores do Jardim Canadá e Itália, na entrega dos presentes. Eram crianças e presentes que não acabavam mais. Carro som na frente, Luiz Barbara, levava Luciano como Papai Noel. Que festa!<br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />À noite, tempo de cumprir os compromissos. Desta vez, minhas filhas me acompanharam nas visitas. A criançada corria, puxava a barba pra ver se era verdade. Visitamos Leidhy, que acolhe em seu lar seis crianças vitimas de abandono. Na rua era o alvoroço da meninada. Em cada porta uma criança, uma paradinha do Papai Noel. Bati à porta da residência de uma idosa amiga, que sem entender o que se passava, me abraçava dizendo: “Pelo menos alguém se lembrou de mim”. E no abraço carinhoso sentia-lhe as lágrimas descendo. Na casa do lado, as crianças saiam correndo, na casa da esquina, uma menininha, bem pequeninha, se mandou pra debaixo da cama. Chegamos à casa dos pedidos de boneca. Aí um problema: recebemos apenas duas cartinhas, mas na varanda da casa eram muito mais crianças. Enquanto chamamos as duas pelo nome, o restante escrevia mais cartas. “Corre que dá certo!”<br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Um pouco mais à noite, Chiquinho recebia uma família carente para cear em sua casa, e Ednardo foi o ajudante nas entregas. Tínhamos que cumprir mais compromissos firmados na noite anterior. Horário combinado, presentes na mão, a porta se abre, olhinhos brilhantes, a garotinha diz, num lindo sorriso: “É Papai Noel!” E de repente estávamos ali fazendo parte da festa de uma família que nunca tínhamos visto antes. Depois, o telefone toca e era outra encomenda. Desta vez, um garotinho que fez a festa. <br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />Tive que sentar com ele e brincar. No mundo daquelas crianças tudo era verdade, era paz, sinceridade. No dia seguinte fiquei surpreso. Aqueles olhinhos puros, a inocência e alegria de cada criança, a lágrima do idoso, tantos sentimentos bons inundaram minha alma e permaneceram comigo. Esse era o meu precioso presente, verdadeira lição pra que eu pudesse aprender o sentido do Natal.<br style="height: 1px;" /> <br style="height: 1px;" />E o aniversário de Jesus tinha que ser coroado. À noite fui com Susana, minha esposa, no culto dominical da Primeira Igreja Presbiteriana de Passos. Gosto de ir aos cultos ali, pois, mais que orações, sinto a presença do Cristo em cada música, em cada mensagem, no jeito diferente de falar com Ele que aquela comunidade tem. Desta vez, foi um verdadeiro espetáculo artístico de música, dança e teatro. “Picadeiro”, espetáculo apresentado pela “Cia das Artes” levava a mensagem de Jesus, o grande presente de Deus, que veio ao mundo para que todos nós tenhamos vida, sejamos iguais, sem discriminação, sem ódio, sem preconceito. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br style="height: 1px;" />Vem aí o réveillon! Vou vestir de coragem para transformar estruturas e ter como ajudantes a fé, o amor, a esperança, pra ser criança de novo e com pureza, alegria e sinceridade tornar o ano realmente novo.</span><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-37142707216825556252010-12-21T14:16:00.000-08:002010-12-21T14:18:40.632-08:00Se o Natal Não Fosse Um Dia<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><a href="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/natal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/natal.jpg" width="148" /></a><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: normal;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tudo seria bem melhor se o Natal não tivesse sido transformado nessa exploração social e econômica que nos faz esquecer a realidade do menino Jesus que nasceu pobre "envolto em panos e deitado numa manjedoura" (Lc 2,20), e nos curvarmos à ganância do lucro, lógica de um sistema que nos afasta cada vez mais do Deus que se fez homem e veio justamente para destruir o egoísmo, a hipocrisia e a injustiça.</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">S</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">e o Natal não fosse um dia, não precisaríamos revelar, no fim do ano, o amigo oculto, pois os amigos seriam visíveis, verdadeiros e transparentes. Estariam a nossa espera a qualquer momento, e em vez de trocar presentes, trocaríamos bens que não podem ser vendidos, nem comprados, como o companheirismo e a fraternidade.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Seriam dispensáveis os cartões de Natal se vivêssemos no dia-a-dia, as mensagens que neles propagamos. Nossas atitudes seriam os melhores votos e felicitações. </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br />
</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o Natal não fosse um dia, os corais entoariam cânticos para acalentar o Cristo Salvador que nasceria todos os dias nos corações humanos.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Não haveria necessidade de pisca-piscas e enfeites, se deixássemos que a luz de Deus entrasse o ano todo em nossas casas, nosso trabalho, nosso viver. Teríamos um brilho diferente se estivéssemos sempre abertos para que a sabedoria divina governasse nossas vidas, nossa cidade, nosso país.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o Natal não fosse um dia, não existiriam as ceias em que alguns bebem, comem e vomitam para comer mais enquanto milhões morrem ao ano por não ter nada para comer. Não haveria campanhas do Natal para os pobres. Esmolas seriam desnecessárias. Nem os ricos precisariam sair pela periferia doando as sobras de suas fartas ceias. Todos se sentariam à mesma mesa, partilhando o "Pão Nosso de cada dia", os bens da terra, os frutos do trabalho.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o Natal não fosse um dia, nos envergonharíamos ao contemplar no presépio, Jesus na manjedoura, enquanto durante o ano todo viramos o rosto para tantos que nascem e vivem na pobreza.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Não encontraríamos tantos Josés e tantas Marias expulsos de sua terra, sem um chão para plantar ou colher, enquanto alguns senhores não sabem o que fazer com tanta terra concentrada nas mãos.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o Natal não fosse um dia, não assistiríamos passivamente o extermínio de tantas crianças, jovens e adolescentes, vítimas das drogas. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Não se mataria para roubar ou para sobreviver, se vivêssemos o Natal todos os dias do ano, se nos considerássemos irmãos.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o Natal não fosse um dia, meu irmão, Geraldo Augusto, você e tantos outros que foram assassinados pela perversidade desse sistema, certamente estariam aqui, vivendo mais um dia em que o presente seria o abraço fraterno e igualdade.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o Natal não fosse dia, não nos limitaríamos a lavar nossas mãos e dizer, como Pilatos, que nada temos a ver com tudo isso. </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Natal não é um dia, é um renascer constante que acontece em gestos e atitudes e nos faz lembrar, como o poeta, que fomos feitos "para a esperança no milagre, para a participação na poesia, para ver a face da morte. De repente, nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem, da morte, apenas nascemos imensamente".</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Jesus nasceu, morreu e ressuscitou. E você vai continuar aí parado? Corra, dê um abraço, perdoe e deseje Feliz Natal, mas viva essa realidade durante todos os dias do Ano.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-65713084541219608012010-12-16T18:12:00.000-08:002010-12-16T18:59:41.493-08:00IV Feira Sul Mineira de Economia Solidária: Integração e Fortalecimento<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img height="276" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/feira-economia-solidaria-visao-de-cima.jpg" width="400" /></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;">É difícil descrever a emoção que tomou conta de todos, expositores, visitantes e apoiadores, durante os quatro dias da IV Feira Sul Mineira de Economia Solidária realizada na Praça Geraldo da Silva Maia em Passos. Repleta de tendas vermelhas, a praça se tornou uma aldeia onde reinou o espírito de solidariedade, calor humano e integração que, na prática, traduz os princípios da economia solidária.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Esse ambiente era tão bom, que o pessoal que chegava de longe para expor seus produtos, vindos das associações de artesãos de Varginha, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Andradas, Carmo do Rio Claro, Itajubá, Caldas, Formiga, Santa Rita do Sapucaí, São José da Barra, Lambari, Conceição do Rio Verde, Areado, Fortaleza de Minas, Alfenas e Boa Esperança e produtos da agricultura familiar de Córrego Fundo e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Guapé e Campo do Meio, quis antecipar o inicio da Feira para a tarde do dia 09. Na manhã do dia seguinte todos estavam lá, na Casa da Cultura, para a oficina de capacitação que despertava a vontade de se formar uma base solida para quem faz a economia solidária. Na praça, as pessoas que já aguardavam a reabertura das barracas. A Abertura oficial acontecia com a apresentação da garotada do Capp, Centro de Aprendizagem Pro-Menor de Passos. Um verdadeiro show cultural.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">O ir e vir das pessoas visitando as tendas, apreciando o belíssimo artesanato do sul de Minas era mesmo impressionante. Tudo muito lindo e de qualidade. Todos os expositores elogiavam a hospitalidade do povo passense. Cada pessoa que visitou levou a melhor impressão da hospitalidade passense. Tudo foi perfeito: atendimento, hospedagem, alimentação, transporte e sonorização.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">No calorão dos quatro dias, em que a chuva deu uma trégua para que a feira acontecesse, o que não faltou foi água para o pessoal das tendas. A Equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social fez plantão na praça para que nada faltasse. As barracas de Pastel, Pamonha, Pão de Queijo e Doces compuseram a Praça de Alimentação e ficaram lotadas. Os brinquedos, os outros produtos que sempre ficam ali na praça completavam o lazer das crianças e da família. Nada foi alterado e a harmonia tomou conta da Praça do Rosário. As famílias podiam passear sem preocupação. Pais e filhos, amigos se encontrando, sorriso no rosto, paz no coração. A praça voltou a ser.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">As apresentações culturais foram o show à parte. Brilhante abertura com a garotada do Grupo de Dança Space Dancy e demais alunos do CAPP (Centro de Aprendizagem Pró-Menor de Passos). A dupla sertaneja Bruno César e Tiago, grande revelação passense. Babe Grilo fez uma bela apresentação da mais genuína Música Popular Brasileira. O Grupo de Seresta Nossa Senhora da Penha encantou e emocionou a platéia dando um verdadeiro show com quase duas horas de seresta. Alex Souza (cantor passense) e Diko Califórnia (artesão e cantor) de Pouso Alegre, o Terno de Moçambique da Coroa do Menino Jesus e a Folia de Reis da Coroa de São Benedito representando o folclore e encerrando a Banda Abduz Idduz fez o show da tarde com muito pop rock da maior qualidade.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Foram realizadas duas oficinas de capacitação abrangendo o conceito, organização legal de empreendimentos, centro publico de economia solidária. As oficinas foram organizadas pelo IF Sul de Minas, Sebrae e Fórum Sul Mineiro de Economia Solidária.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Indicações importantes como a estruturação das regionais do Fórum Sul Mineiro, (Itajubá, Pouso Alegre, Alfenas, Poços de Caldas, Varginha e Passos), a realização de Feiras Regionais, a necessidade de promover formação e capacitação, implantação das leis municipais, a participação no Conselho Estadual e no movimento nacional, mostram que a Economia Solidária saiu fortalecida.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-42336285515039870232010-12-16T18:10:00.001-08:002010-12-16T18:58:05.813-08:00Algo novo e diferente<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/economia-solidaria-outra-economia-acontece.jpg" /></span></div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;">Muita gente ainda não conseguiu perceber, outros ouviram falar e não se importaram, muitos até pensam que é fácil falar, mas acham muito difícil executar, colocar em prática.Há os que dizem que é coisa de igreja progressista, outros falam que é coisa de comunista.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Há os que acreditam na proposta e abraçam. São aqueles que se opõe ao individualismo e a competição desenfreada e insistem em valorizar os princípios da coletividade, transparência e solidariedade. Essa gente não se entrega nunca e faz acontecer a economia solidária.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Paul Singer diz a “a economia solidária é uma utopia, é um sonho que nós temos sonhado há duzentos anos, é uma idéia de uma sociedade de iguais. Há duzentos anos pelo menos, grandes intelectuais, filósofos, empresários e lideranças populares viveram e morrem para uma sociedade de iguais, democrática no sentido de os direitos de todos serem iguais, mas que haja igualdade econômica, igualdade social. A proposta da economia solidária é aplicar isso à economia”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">"Eu tenho um sonho..de que um dia minhas quatro crianças pequenas viverão numa nação onde eles não serão julgados pela cor da sua pele mas pela essência do seu caráter.", discursava Martin Luther King. Naquele momento, o que estava em jogo, na luta entre o Norte anti-escravista e o Sul escravagista, era a possibilidade, ou não, de uma sociedade estabelecida nos princípios da igualdade poder sobreviver na terra. Era a economia solidária aplicada à vida.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A economia solidária é representada por um conjunto de iniciativas inspiradas em valores humanos que coloca o ser humano como sujeito no processo da vida e da atividade econômica, em vez da acumulação de capital. Isso pressupõe mudanças importantes no mundo do trabalho, incentivando a igualdade, a democracia, a cooperação a solidariedade e a qualidade nas relações no trabalho. Compreende uma grande diversidade de práticas econômicas e sociais - de produção, distribuição, finanças, trocas, comércio, consumo, poupança e crédito - organizadas sob a forma de autogestão.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">No mundo em que vivemos milhares de pessoas procuram garantir a sua sobrevivência através do trabalho coletivo, sem destruir a natureza, sem o excessivo consumismo. No campo ou na cidade eles fazem a economia solidária. Na minha cidade, um grupo de catadores de materiais recicláveis se uniu e criou a Cocares, associação dos catadores. Artesãos, agricultores, apicultores, costureiras, cada grupo em sua categoria vai se juntando para fazer algo novo e diferente. Minas Gerais prepara em dezembro deste ano, a realização de 10 feiras regionais de economia solidária. No pais, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária articula o grande movimento que se constitui como alternativa ao desemprego gerando renda e cidadania.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Nos dias 10,11 e 12 de dezembro, em Passos, a Praça Geraldo da Silva Maia, popular Praça do Rosário, vai se transformar na 4ª Feira Sul Mineira de Economia Solidária. Essa gente que sonha e faz o sonho acontecer, gente que muitas vezes fica esquecida pelos cantos, nos bairros, sem oportunidade. Essa gente vai mostrar o que faz e se capacitar para fazer melhor. O local da Feira foi escolhido por eles mesmos, pelos artesãos, pelos economistas solidários. Novos projetos, novas experiências, novas oportunidades, algo de novo e diferente vai acontecer. Uma nova semente será lançada e, cultivada com solidariedade, vai crescer, gerar novas consciências.</span></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-46271352793127683832010-12-16T18:09:00.002-08:002010-12-16T18:54:08.655-08:00Casa Lar e Famílias Acolhedoras<div style="text-align: center;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/crianca_adolescente.jpg" /></div><br />
<br />
<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“A criança e o adolescente tem o direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais publicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A efetivação das políticas sociais não é tarefa simples. Depende de vontade política, estudos técnicos, preparação, de uma burocracia danada e de muita dedicação e amor. O final de 2010 traz para a Secretaria Municipal de Assistência Social a oportunidade de iniciar a efetivação de duas modalidades de abrigamento provisório de crianças e adolescentes que são a Casa Lar e Família Acolhedora.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A Casa Lar será uma residência comum, com mães sociais e auxiliares que cuidarão das crianças e adolescentes acolhidas. As Famílias Acolhedoras também são famílias comuns, cadastradas, selecionadas e preparadas para receber crianças e adolescentes que tenham seus direitos ameaçados ou violados, que estejam em situação de risco social ou familiar.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Diferente do tradicional abrigo, a Casa Lar deve receber um número limitado de crianças e adolescentes de maneira que o acolhimento seja o menos traumático possível. O fundamental é que a criança e o adolescente percebam que estão vivendo num lar onde os laços afetivos, carinho, aconchego prevaleçam. É muito fácil entender porque a nossa Constituição destaca a criança e melhor.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">É comum receber, quase que diariamente, denuncias de crianças e adolescentes que são vitimas de abandono, abuso e negligência familiar. No entanto, a ação para acolhê-los e protege-los dessa situação deve ser imediata. A partir do momento em que governo e sociedade abraçam a causa da criança e do adolescente protegendo e garantindo condições dignas de existência é possível promover um presente e um futuro melhor. Somente a ação preventiva pode evitar a existência de menores e adultos infratores.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A Família Acolhedora é uma família que acolhe, na sua própria residência, uma criança vitima de abandono ou em risco social. Esse acolhimento deve ser aceito por todos os membros da família e deve atender a criança em todos os aspectos: legais, de saúde, higiene, alimentação, educação, lazer, vestuário, de modo a estabelecer um vinculo positivo que ajude a criança a se sentir cuidada e amada.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Tanto na Casa Lar quanto na Família Acolhedora existe uma equipe técnica de apoio com profissionais (assistente social, psicólogo, advogado) que dão suporte à criança, ao adolescente, às famílias que acolhem e às famílias de origem.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Neste momento a Secretaria Municipal de Assistência Social está dando prosseguimento às etapas de implantação da Casa Lar e Família Acolhedora. Primeiro foi a aprovação da Lei Municipal, definido o local, divulgado o processo seletivo para contratação das mães e auxiliares que trabalham na Casa Lar, formação, estudo e preparo da equipe técnica, divulgação do projeto e seleção das famílias acolhedoras. Cada passo já está sendo tomado pela Equipe da Secretaria de Assistência Social para que em dezembro nossas crianças tenham garantido o sagrado direito da proteção social.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-61661849377699142832010-12-16T18:09:00.000-08:002010-12-16T18:55:40.006-08:00Projeto de Vida<div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><a href="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/mente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/mente.jpg" width="200" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><strong></strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas. Ame-as mesmo assim. Se você tem sucesso em suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos. Tenha sucesso mesmo assim. O bem que você faz será esquecido amanhã. Faça o bem mesmo assim. A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável. Seja honesto e franco mesmo assim. Aquilo que você levou anos para construir pode ser destruído de um dia para o outro. Construa mesmo assim. O pobre tem verdadeiramente necessidade de ajuda, mas alguns podem ofendê-lo se você os ajudar. Ajude-os mesmo assim. Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você corre o risco de se machucar. Dê o que você tem de melhor mesmo assim. Veja que no final das contas, é entre você e Deus. Nunca foi entre você e as outras pessoas”.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Às vezes, quando assisto a um filme, leio um livro ou uma poesia, gosto de compartilhar as cenas e frases que ficam na memória. Hoje à noite, reuni a família para assistir a vida de Madre Teresa de Calcutá. Que belo exemplo de abnegação e dedicação aos mais pobres dos pobres. Se fossem se deixar levar pelo pensamento da maioria, se fossem desistir nas primeiras dificuldades, se fossem aceitar as intimidações dos preconceituosos, pessoas como Madre Teresa nunca teriam levado adiante os seus projetos. Mas a grande a verdade é que todas as ações que fogem dos padrões individualistas da sociedade comum, sempre são taxadas de interesseiras e vistas como sendo promoção pessoal. Pior ainda é quando envolvido nessas ações existe alguém que exerce uma função política.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">As pessoas desconfiam, julgam e denunciam. Pode até parecer que não, mas é natural que alguém que você tenta ajudar, leve você à justiça comum. Portanto quem se dispõe a ajudar alguém não pode ter medo do que os outros dizem nem se intimidar com as forças contrárias. Para alguém que se propõe a fazer o bem comum não existe tempo para o medo ou dúvida. O importante é fazer!</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Uma das cenas marcantes de “Madre Tereza” foi a repercussão da descoberta de uma grande doação em dinheiro que seu orfanato recebeu veio de um empresário corrupto. Ao entrevistá-la, o repórter pergunta se ela estava preparada para devolver todo aquele dinheiro. Madre Teresa simplesmente mostra as crianças do orfanato e diz: “O dinheiro doado está aqui, nessas crianças, pode levá-las”. Ela não teria como saber sobre a origem do dinheiro doado, no entanto, esse episódio foi apenas um entre tantos outros que poderiam fazê-la desistir. Para estar dentro das normas da sociedade, ela teve mesmo que tomar as devidas providências legais, criar uma organização não governamental, ver destruído o trabalho feito por falta de uma autorização municipal e recomeçar sempre com um sorriso. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Todos os dias surgem à nossa frente pessoas dispostas a fazer o bem, ajudar os mais pobres dos pobres promovendo o resgate da dignidade humana. No seu encalço sempre existirão pessoas criticando, julgando, denunciando, dizendo que é promoção pessoal. Tudo isso é parte da história. Quem tem a consciência tranquila segue em frente, na certeza de que Deus precisa de instrumentos, que queiram ser lápis para escrever sua história aqui na Terra. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Pra finalizar quero lembrar o trecho de uma música do Padre. Zezinho que marcou minha adolescência: “Eu venho aqui pedir perdão, se por acaso mereci, sofrer tamanha ingratidão quando eu pensei sempre ajudar. Mas quem não entendeu fui eu, que se esqueceu quem foi Jesus, que fez um bem maior que o meu e mesmo assim morreu na cruz”. Quem tem um projeto de vida faz acontecer. Não importa o que os outros digam ou pensem, pois no final das contas “é entre você e Deus, nunca foi entre você e as pessoas”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-85100717964712513412010-12-16T18:08:00.000-08:002010-12-16T18:57:39.155-08:00IV Feira Sul Mineira de Economica Solidária<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/economia_solidaria.jpg" /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><strong> </strong>Acontecerá nos dias 09, 10,11 e 12 de dezembro em Passos, a 4ª Feira Sul Mineira de Economia Solidária, evento que vai reunir artesãos, agricultores familiares, apicultores, artistas, catadores de papel e trabalhadores reunidos em associações, cooperativas e grupos informais de todo o sul de Minas.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;"> </span></div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;">Já faz um bom tempo que tenho acompanhado a organização dos trabalhadores em Economia Solidária. Descobri o tema durante uma greve dos trabalhadores da indústria de alimentos. Na época, fiquei sabendo que na cidade de Franca, alguns empregados assumiram a gestão de uma empresa que estava à beira da falência e conseguiram recuperá-la. Anos depois, participei do 1º Encontro Estadual “Lixo e Cidadania” em Belo Horizonte. </span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;"> </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;">No encontro ouvi uma fala que mudou minha maneira de olhar as pessoas e a vida. Era Dona Geralda, catadora de papel da Asmare (Associação dos Catadores de Papel de BH). Dona Geralda dizia que morou com sua família durante 25 anos debaixo dos viadutos da capital mineira e sempre era acordada com os jatos d água do pessoal da limpeza que os eliminava do local.</div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;"> </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;">Certo dia, ela foi abordada pelos agentes da Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH. E ela relatava a fala de uma agente: “A senhora sabe que cada tonelada de papel que a senhora recolhe são 25 árvores que deixam de ser cortadas?” E dona Geralda respondeu: “Puxa, então quantas florestas já preservei em toda minha vida?”. Depois de dar iniciar aos trabalhos da Asmare, Dona Geralda foi à ONU (Organização das Nações Unidas) receber um prêmio de preservação ambiental. Dos viadutos de BH para a ONU. Hoje, Dona Geralda dá cursos para prefeitos do Brasil inteiro sobre a importância da organização dos serviços de limpeza urbana e inclusão social. Já tive orgulho de receber Dona Geralda em minha casa. Pessoas como ela dão mais sentido à nossa passagem pelo planeta Terra.</div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;"> </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;">Dona Geralda não ficou sozinha, se reuniu com catadores de BH na Asmare. Aqui em Passos, há dez anos criamos a Cocares e uma parte dos catadores de Passos está organizada. Essa é a tal da Economia Solidária, um grupo de pessoas se une para ganhar o seu sustento através do trabalho, partilhando valores como a cooperação, solidariedade e autogestão. </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;"> </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;">Não é nada fácil implantar a Economia Solidária. É preciso abri mão do individualismo e da competição insana do capital que incentiva o lucro acima da vida. A Economia Solidária exige mudança de cultura e hábitos. É mesmo um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o meio ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio. </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;"> </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;">Em 2010, a Economia Solidária foi tema da Campanha da Fraternidade com o lema: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. A 4ª Feira Sul Mineira de Economia Solidária é fruto concreto de uma sociedade diferente que começa a ser construída no sul de Minas. Já foram realizadas três feiras: Alfenas, Varginha e Pouso Alegre. Chegou a vez de Passos receber essa gente que trabalha e produz coletivamente e que faz desse trabalho coletivo o sustento de suas famílias, chegou a hora de Passos valorizar os seus artesãos, agricultores, pasteleiros, moveleiros, apicultores, catadores, artistas e toda essa gente que faz acontecer uma economia que cresce junto com a vida.</div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;"> </div></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><div style="text-align: left;">As inscrições para a 4ª Feira Sul Mineira de Economia Solidária estão abertas na Secretaria Municipal de Assistência Social até o dia 16 de novembro. Para maiores informações sobre como participar e contribuir para a realização da Feira, basta ligar ou enviar um e.mail para: <a href="http://www.passosnews.com/index.php?option=com_content&task=view&id=5448&Itemid=82" style="border-collapse: collapse; color: #4a7f4c; line-height: 18px; text-decoration: none;"><strong></strong></a><strong style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><a href="mailto:semas@passos.mg.gov.br" style="color: #4a7f4c; text-decoration: none;">semas@passos.mg.gov.br</a></strong><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> ou 35-3522-7446. </span></div></span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-90533884503099403092010-12-16T18:07:00.000-08:002010-12-16T18:53:47.987-08:00Povo que é povo mesmo<div style="text-align: center;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/do-povo.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Foi o povo que é povo mesmo, que trabalha de sol a sol nas lavouras, os operários das construções, as costureiras, os retireiros, os balconistas, os atendentes. Esse povo representou a expressiva votação de Dilma e merece a nossa homenagem. </span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Noite de segunda Feira, 01 de novembro, acabo de chegar de uma minicarreata que com alguns militantes do PT em comemoração à vitória de Dilma. Um grupo de pessoas decidiu ir ao coração dos bairros da cidade, agradecer às pessoas que garantiram a vitória de Dilma. Mesmo com chuva, a carreta partiu do bairro Santa Luzia, foi ao Coimbras, seguindo pela Penha, na antiga rua do Valinho, hoje Imaculada Conceição, no São Francisco, a popular Rocinha, Nossa Senhora das Graças e lá no meio do Novo Horizonte. Caminho que estamos acostumados a fazer sempre, mas que tinha que ser feito agora de forma especial para agradecer a expressiva votação de Dilma. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Foi bonito demais ver o sorriso estampado no rosto daquelas pessoas e o aplauso pra Dilma que a carreata recebia. Nesses lugares está o povo simples e trabalhador, o povo que sofre por causa do preconceito e da discriminação. Na carreata comecei a entender melhor a votação de Dilma. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Esse povo voltou Dilma pra valer! Foi mesmo um verdadeiro massacre nas urnas. Votou porque sua candidatura representava a continuidade do projeto político do presidente Lula, que deu certo e melhorou a vida de muita gente. Votou porque viu em Dilma a expressão da liberdade e da consciência. Ao chegar em casa, deparei com o poema de Pedro Tierra, “500 anos esta noite”. Eis aí a melhor explicação:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“De onde vem essa mulher que bate à nossa porta 500 anos depois? Reconheço esse rosto estampado em pano e bandeiras e lhes digo: vem da madrugada que acendemos no coração da noite. De onde vem essa mulher que bate às portas do país dos patriarcas em nome dos que estavam famintos e agora tem pão e trabalho? Reconheço esse rosto e lhes digo: vem dos rios subterrâneos da esperança, que fecundaram o trigo e fermentaram o pão. De onde vem essa mulher que apedrejam, mas não se detém, protegida pelas mãos aflitas dos pobres que invadiram os espaços de mando? Reconheço esse rosto e lhes digo: vem do lado esquerdo do peito. Por minha boca de clamores e silêncios ecoe a voz da geração insubmissa para contar sob o sol da praça, aos que nasceram e aos que nascerão, de onde vem essa mulher. Que rosto tem, que sonhos traz? Não me falte agora a palavra que retive ou que iludiu a fúria dos carrascos durante o tempo sombrio que nos coube combater. Filha do espanto e da indignação, filha da liberdade e da coragem, recortado o rosto e o riso como centelha: metal e flor, madeira e memória. No continente de esporas de prata e rebenque, o sonho dissolve a treva espessa, recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho, afasta a força que sufoca e silencia séculos de alcova, estupro e tirania e lança luz sobre o rosto dessa mulher que bate às portas do nosso coração. As mãos do metalúrgico, as mãos da multidão inumerável moldaram na doçura do barro e no metal oculto dos sonhos a vontade e a têmpera para disputar o pais. Dilma se aparta da luz que esculpiu seu rosto ante os olhos da multidão para disputar o país, para governar o país”. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Lendo o poema passeei pela história do meu país. Nesses 500 anos de exploração que o Brasil sofreu, faz só 76 anos que a mulher conquistou o direito ao voto. Hoje Dilma é a primeira mulher a assumir o comando da nação. A ditadura, tempo que é impossível esquecer, faz parte do passado. Viva a democracia, viva a consciência. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Mais uma vez a carreata não terminou seu trajeto por causa do horário, ainda faltam outros bairros pra gente agradecer. Mas vamos estar sempre lá, nas nossas ações políticas, no encontro com esse povo que é povo mesmo.</span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-47887546133780055252010-12-16T18:06:00.001-08:002010-12-16T18:56:42.085-08:00CRAS Novo Horizonte<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/cras.jpg" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sempre tive o sonho de poder realizar algo para transformar a realidade das localidades mais pobres de minha cidade. Há muito tempo gosto de andar, propor iniciativas, conversar com os moradores de regiões como o bairro Novo Horizonte, Rua Imaculada Conceição (Valinho) e a popular Rocinha.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Na minha juventude, gostava de ver o nascer do sol no alto da Igrejinha de São Francisco. De um lado a cidade que crescia, do outro lado, ao pé do morro, a simplicidade do povo trazia marcas questionadoras. Quem dividira a cidade assim, entre ricos e pobres? O sol se punha e eu pensava em escrever um livro sobre o tema. Não deu em nada, mas continuei a acompanhar a vida dessa gente humilde. O sentimento se expressava na musica do Vinicius de Moraes. “E aí me dá uma tristeza no meu peito, feito um despeito de eu não ter como lutar e eu que não creio peço a Deus por minha gente, é gente humilde que vontade de chorar”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">É bom ter cuidado com aquilo que a gente pede em oração, pois pedido atendido, compromisso assumido. A servir como instrumento de transformação cá estou, Secretário Municipal de Assistência Social. O nome do cargo é extenso e o serviço e os desafios são muitos. Melhor é que Deus não deixa mesmo a gente sozinho, sempre manda alguém, uma boa equipe, pra te ajudar a colocar a mão no arado e não olhar pra trás. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Na próxima quinta-feira, 28 de outubro de 2010, nossa Equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social vai inaugurar o CRAS III, Centro de Referência de Assistência Social, no bairro Novo Horizonte em Passos. O Cras é uma unidade publica estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). O Cras atua como a principal porta de ent4rada do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e é responsável pela organização e oferta de serviços de Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A implantação do CRAS III traz uma série de mudanças na promoção da política de assistência social em nossa cidade. Acaba o “Plantão Social” que até então era feito na sede da Secretaria. Os serviços são ofertados no Cras I, na rua Pitangui, bairro Penha, que já tem uma extensão na região dos Valinhos, Cras II, rua Guaporé, no Santa Luzia e no Cras III, no Novo Horizonte.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Cada Cras tem uma equipe técnica formada por um coordenadora, assistente social, psicóloga e educadores sociais. O principal serviço ofertado pelo Cras é o serviço de Proteção de Atendimento Integral à Família (Paif) cuja execução é obrigatória e exclusiva. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Este consiste num trabalho de caráter continuado que visa fortalecer a função protetiva das famílias, prevenindo a ruptura de vínculos, promovendo o acesso e usufruto de direitos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Nos Cras, as famílias em vulnerabilidade são recebidas e atendidas através de diversos procedimentos (entrevista, visita domiciliar), são realizadas palestras educativas e oficinas, grupos de convivência de crianças, adolescentes e idosos, , o acesso aos documentos civis e benefícios fundamentais para o exercício da cidadania, o encaminhamento para os programas socioassistenciais, o acesso aos direitos sociais e à informação, buscando sempre o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Junto ao Cras III já iniciamos dois novos núcleos do ProJovem adolescente em Passos. Agora são seis núcleos oferecendo cidadania aos nossos adolescentes. O Cras é prevenção social e promoção da família, é uma verdadeira revolução social silenciosa.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">No ano passado, tivemos a oportunidade de receber o Ministro Patrus Ananias para a inauguração da nova sede da Secretaria, do Creas e do ProJovem na Penha. Na inauguração do Cras Novo Horizonte teremos o privilégio de receber a Ministra Márcia Lopes. Rompendo com o assistencialismo, promovendo o ser humano.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-11577104094204007622010-12-16T18:05:00.001-08:002010-12-16T19:00:02.537-08:00A religião e o voto<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><strong> </strong>“Eu não acredito que se deva votar por motivação religiosa. Mas se alguém quer decidir o voto em função da religião, deve, no mínimo, ser coerente com sua crença. Portanto, quem é cristão (seja católico ou evangélico), precisa, em primeiro lugar, não dar ouvido ao Caluniador. Todo mundo sabe que é especialidade de Satanás acusar, denegrir e destruir. Portanto, candidato que se faz a peso de caluniar, difamar, denegrir e desconstruir a reputação do adversário não deve merecer voto de cristão senão se estará dando ouvido ao Caluniador (estar-se-e dando voto a quem age como Satanás).</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Depois, o cristão deveria votar no candidato que tivesse uma conduta mais parecida com a de Cristo. Isto quer dizer que o cristão deve votar apenas em quem tem uma opção muito clara pelos menos favorecidos. Então todo aquele que critica(va) as políticas em favor dos mais pobres não merece o voto do cristão (Cristo sempre optou pelos mais pobres). O cristão deve votar naquele que trata com dignidade os excluídos, os “perdidos” pois Cristo respeitou a dignidade da prostituta (equivalente daquela época aos homossexuais, os drogados e traficantes de hoje).</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Sobretudo, o cristão deve levar em conta que Cristo, com seu discurso e atitude em favor das camadas mais humildes foi perseguido e caluniado pelos poderosos e pelos bajuladores dos poderosos. Certamente hoje seria acusado de comunista e terrorista, de ser amigo de prostitutas e outros pecadores “perdidos”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Na hora de definir o voto por questões religiosas, o cristão deve se lembrar da Parábola do Bom Samaritano (vide Lucas, 10, 25-37) e ver que quem mais agrada a Cristo é quem tem uma opção muito clara pelos mais pobres, que vem de um grupo político que executa políticas em favor preferencialmente dos mais necessitados e que não faz campanha com infâmias e boatos maledicentes.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">E não se pode esquecer que a direita religiosa elegeu Bush com o argumento de que Al Gore era a favor do aborto, no entanto Bush promoveu duas guerras que mataram mais pessoas e geraram ódio mais que os abomináveis abortos nos EEUU e arruinou a Economia americana, levando desespero ao seu povo. Por outro lado, Barak Obama, que chegou a fazer discurso criticando o uso da Bíblia para fundamentar convicções política, está universalizando o atendimento à saúde, o que vai curar as feridas de muitos desamparados e feridos.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Antes de decidir com critérios religiosos o voto é preciso lembrar que não se está elegendo pessoas para assuntos religiosos. Mas, se ainda assim, o critério de decisão de voto do cristão for a religião, que pelo menos não seja por aspectos superficiais mas pela essência que é a clara e inequívoca opção pelos mais pobres e que não se dê ouvidos ao Caluniador, à boataria infamante”</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Esse belo artigo é de autoria do amigo Mauro Bueno. Da minha parte fica apenas o comentário: Sou Cristão, voto Dilma Presidente! Meu voto não tem caráter meramente religioso. Voto Dilma porque vejo nela a única possibilidade de dar continuidade ao projeto de desenvolvimento econômico e inclusão social que, apenas em oito anos, já mudou a cara do Brasil. Tenho recebido vários e.mails espalhando boatos e mentiras contra Dilma. Já assisti esse filme nas primeiras campanhas de Lula. Aos boateiros e caluniadores de plantão, eu digo: “Xô Satanás!”</span></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-83577600203715141122010-12-16T18:04:00.003-08:002010-12-16T18:59:53.754-08:00Deputados eleitos<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/eleicoes_2010_animacao.jpg" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Fiquei feliz com a eleição de Cássio Soares para a Assembléia Legislativa. Jovem e com muita disposição de trabalho, acredito que ele será um representante à altura dos anseios da nossa comunidade. Sempre mantive um bom contato com Cássio e sei que, da parte dele existe reciprocidade na admiração pelo trabalho a serviço da coletividade. Fiquei muito feliz também com a reeleição do amigo e companheiro Odair Cunha para a Câmara dos Deputados. Trabalhai como assessor parlamentar do Deputado Odair durante três anos e sou testemunha do seu dinamismo. Depois, quando assumi a Secretaria de Assistência Social em Passos sempre recebi o seu apoio incondicional. </span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">O primeiro compromisso assumido por Odair, ainda na campanha municipal de 2008 foi a vinda do Instituto Federal Tecnológico para Passos. Promessa cumprida! Lembro como se fosse hoje, quando decidi pelo local do Escritório de Odair: nas imediações da antiga rodoviária. Meu sonho é que não somente aquela região seja valorizada, mas também as pessoas que vivem ali sejam resgatadas. Falei ao Deputado sobre a importância da reforma do mercadão para a construção de um centro de economia solidária e meses depois ele me ligava dizendo que os recursos no valor de 897 mil reais já estavam empenhados no Ministério do Turismo. Em seguida veio o projeto do restaurante popular e lá estava Passos entre os três municípios mineiros a ter o restaurante aprovado. Noutros projetos ele tem ajudado muito e outro amigo, o professor Dimas também tem dado a sua contribuição como um verdadeiro expert em projetos. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Acredito que se os lideres políticos de Passos souberem trabalhar unidos, pelo bem da coletividade, nossa cidade vai conseguir muitos outros benefícios. Mas para isso é preciso deixar de lado a vaidade e aquele pensamento mesquinho: “Ah, eu não vou permitir isso porque senão o fulano vai crescer politicamente”. Ora, quando a cidade recebe benefícios quem cresce é a cidade! Desde o inicio da atual administração tenho trabalhado muito e, encerrada a eleição, confesso que estou com ânimo redobrado para trabalhar ainda muito mais por Passos. Visando o interesse coletivo, sei que poderei contar tanto com Odair Cunha quanto com Cássio Soares.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Não escrevo para fazer média com ninguém porque os dois me conhecem. Essa é a minha sincera opinião! </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Depois de uma semana de férias na Secretaria de Assistência Social retornei aos trabalhos participando da missa com as crianças do CAPP, Centro de Aprendizagem Pro-Menor de Passos. Daqui a pouco estou indo visitar o ProJovem que já começou no bairro Novo Horizonte e quero ainda acelerar os trabalhos para a implantação do CRAS naquela região. Mudar a face da política de assistência social em Passos, acabar com o assistencialismo e com o favor político é uma atitude que está dando certo. Como é bonito sentir que as pessoas estão deixando de ser pedintes para se tornar sujeitos. A verdadeira assistência social é a promoção da emancipação de ser humano e não há obra maior do que esta. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A emancipação das lideranças políticas visando o pensamento coletivo e o bem de todos, independemente da religião e do partido político também é outra construção que cada um deve assumir na sociedade. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Sei que juntos, sociedade e poder publico podem fazer muito. Basta que o preconceito dê lugar à solidariedade.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-17783963684863070842010-12-16T18:04:00.001-08:002010-12-16T19:01:04.246-08:00A pessoa que passa e zomba<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/homem_rua.jpg" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tenho pena, quando vejo uma pessoa deitada na sarjeta alcoolizada ou drogada e alguém passa e zomba dizendo que é um vagabundo, Tenho pena daquele que passa e zomba. Na sua ignorância a pessoa que aponta o dedo e acusa, desconhece que o outro, na sarjeta, é uma vítima da droga, do álcool e a ajuda que precisa não é esmola, nem piedade, ele precisa muito de oportunidade.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A pessoa que passa e zomba desconhece que o usuário de drogas tem transtornos mentais que o levaram a estar numa situação de rua e que, nessa situação, a oportunidade que ele mais precisa é o tratamento. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A pessoa que passa e zomba também finge desconhecer que o álcool, vendido em tantos botecos e casas na cidade, é a porta de entrada para as outras drogas. Digo que finge desconhecer porque é impossível que alguém ainda não saiba disso. Finge desconhecer porque ainda pensa que essa é uma hipótese absurda, pois muita gente bebe socialmente e não cai nas ruas, nem mora nas praças.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A pessoa que passa e zomba desconhece que o crack é uma droga tão devastadora que vicia logo na primeira vez. O cérebro da pessoa que usa álcool e crack sofre danos irreparáveis, a saúde fica debilitada e a vida se transforma em momentos intermináveis de dor e sofrimento. Outro dia, atendi um pai que queria matar os seus dois filhos porque não agüentava mais os transtornos que eles causavam. Mentiam, roubavam e vendiam todos os objetos e utensílios da própria casa por uma pedra de crack. Nenhum pai ou mãe por mais amor que tenha nos seus filhos consegue resolver sozinhos um problema desses. Assim, muitas pessoas saem de casa e vão morar nas ruas, porque a convivência se torna impossível. E muita gente simplesmente passa e zomba. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Pessoas jogadas nas ruas são espelhos de uma sociedade individualista que ainda privilegia o lucro acima da vida, cujos valores se limitam às aparências, ao ter acima do ser Mas não escrevo este artigo para recriminar ninguém e só pra ficar apontando mais culpados pela situação. Escrevo para convocar a sociedade e o poder publico para agir e mudar essa realidade.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Gosto muito daquela comparação que diz que o traficante é o peixe e os usuários de droga são a água. Se tiramos a água, o peixe morre. O que nós estamos fazendo para diminuir o número de usuários de droga? Dar esmola para comprar a pinga, por dó ou piedade, é o pior caminho. Quem ganha com isso é apenas o dono do alambique ou do bar. Outro dia, recebi uma reclamação sobre moradores de rua num determinado espaço da cidade. No local, há um bar que vende pinga para os moradores de rua. E fiquei pensando até quando vou ter que ouvir esse tipo de reclamação. E aqui me atrevo a dizer que é preciso rigor na fiscalização dos bares espalhados pela cidade, saber qual é a origem da cachaça que é vendida nas casas. É preciso que alguém, que não se importe com o desgaste político, elabore uma lei que proíba a venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina. Se o álcool é a porta de entrada para as outras drogas é preciso fazer muita coisa para diminuir o consumo de álcool.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">É preciso ajudar na estruturação das clinicas de tratamento para dependentes químicos. É preciso implantar os serviços de assistência social, saúde e educação, que permitem o tratamento e recuperação. A implantação dos Centro de Apoio Psicossocial para alcoólicos e drogaditos e do Serviço de Atendimento à População de Rua numa parceria entre os setores da saúde e assistência social, a experiência da Casa Solidária, que abriga pessoas em situação de rua, são ações que trazem bons resultados.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Sei que juntos, sociedade e poder publico podem fazer muito. Basta que o preconceito dê lugar à solidariedade.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-32136462198311343602010-12-16T18:03:00.001-08:002010-12-16T19:00:54.230-08:00Revoluções silenciosas<div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/socialismo.jpg" /></span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Acredito nas revoluções silenciosas, nas revoluções em que ninguém precisa pegar em armas, onde ninguém precisa matar ou morrer. A atitude revolucionária que acredito e faço não surge de uma revolta interior, não vem do ódio nem da vingança, mas nasce da insatisfação de ver as coisas como estão, da vontade de transformação que é traduzida pelo amor e é colocada em prática numa ação pacificadora. A paz e o amor são revolucionários!</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Se o mundo está tão cheio de injustiças, se a fome campeia, se a miséria aumenta e a morte ronda, não adianta ficar por aí blasfemando, culpando e sofrendo. É preciso agir com amor para transformar. Só que o amor não permite hipóteses. “Eu faço isso se você me der aquilo”. O amor é gratuito, se não for gratuito não é amor, se não for amor não revoluciona, não transforme e não permanece.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Como é belo o poema do Apóstolo Paulo: “O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo”. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Muitas pessoas andam desiludidas, pessimistas e incrédulas diante da competição desenfreada, da disputa insana e do egoísmo. No entanto, é impossível assistir passivamente a destruição do homem pelo homem. É urgente fazer a revolução da paz, a transformação das consciências. É urgente contra atacar o individualismo com atitudes coletivas, o egoísmo com a fraternidade, a repressão com a liberdade responsável. Quem já tentou fazer isso sabe como são duradouros os resultados.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Quem estiver disposto a fazer revoluções silenciosas precisa ser paciente, querer fazer o bem, não ter inveja, não se inchar de orgulho, não se envergonhar do que faz nem do que os outros disserem, não agir por interesse, não se enraivecer ou encolerizar quando alguém deturpar os fatos e insistir em destruir o que está sendo feito. Os resultados das revoluções silenciosas não podem ser destruídos porque brotam e frutificam no amor. Quem estiver disposto às revoluções silenciosas não tem pressa porque sabe que a própria vida é uma revolução. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Perdi o sono e estou escrevendo este artigo, são duas horas da manhã. E eu que não sei ficar quieto resolvi sair por aí. Simplesmente porque tem gente morando nas ruas, tem gente morrendo de fome e é impossível ficar quieto, inadmissível estar sozinho. Quero a inquietude, a igualdade e a solidariedade. E aí? Topas fazer uma revolução?</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Já vou antecipando que muita gente não vai entender nada. Vão dizer que é política. Sempre tem alguém dizendo: “Ih! Isso é política”. No começo eu ficava acabrunhado, humilhado e de certa maneira oprimido com essas colocações. “Política, política, política...” Depois descobri que tudo é política, até a omissão é uma atitude política. Aí decidi não me importar mais para o que as pessoas pensam ou falam. O que importa é consciência que temos sobre as nossas ações...</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">As revoluções silenciosas comandadas pela consciência do amor fraterno constroem obras significativas e indestrutíveis. Obras que não são medidas pelo seu tamanho nem pela sua arquitetura, mas pelo significado na vida das pessoas. As revoluções silenciosas acontecem todos os dias e suas bandeiras ficam invisíveis porque são hasteadas nos corações de todos os que atuam, de todos os que fazem a guerra pacificadora da transformação da vida.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Jesus Cristo, o maior revolucionário, continua dizendo que veio para que todos tenham vida. Muitos lembram de Jesus mas fogem na hora de seguir seu exemplo.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-39128696626765499152010-12-16T18:02:00.000-08:002010-12-16T19:00:43.192-08:00Passos tem fome<div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: center;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/fome.jpg" /></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em 1993 fui convidado a filmar o mapa da fome e da miséria em Passos. Aceitei a proposta desde que pudesse abordar as causas da fome e da miséria. O pessoal não concordou porque isso poderia afastar algumas pessoas que iriam contribuir doando alimentos para a Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria. Tarefa difícil! Mesmo assim topei porque para transformar alguma coisa é preciso sensibilizar a sociedade e os poderes públicos e aí a gente tem que abrir mão de alguma coisa. Filmadora na mão, cheguei à rua do Valinho e encontrei um jovem, morador do local, ao qual propus que ele retratasse a realidade em que vivia. Ele também topou, iniciamos o filme na sua casa, nos vizinhos e depois fomos a outros locais como o Novo Horizonte e Rocinha. O filme ficou melhor do que qualquer coisa que eu pudesse elaborar. Retrato fiel da realidade. Muita gente ficou sensibilizada e ajudou na campanha de arrecadação de alimentos.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A iniciativa do Betinho (Herbert de Souza) mudou consciências. Betinho e Dom Mauro Morelli foram os formuladores do Programa Fome Zero. O Programa Bolsa Família tem distribuído renda e contribuído para girar a economia e gerar trabalho. Muitas ações significativas vêm acontecendo nas cidades e no nosso país, mas ainda é preciso continuar mudando.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Hoje, a cidade de Passos dá passos importantes para a organização da política de segurança alimentar no município: a criação do CONSEA, Conselho de Segurança Alimentar. O momento é de união de esforços entre a sociedade civil e o poder publico. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">O Brasil já acreditou que comida era recompensa e privação era fruto da preguiça, castigo divino. Em 1946, o cientista pernambucano Josué de Castro, desarmou o movimento conformista: “Fome é flagelo criado pelo homem contra o homem”. O desafio do Consea é tratar a alimentação não como sendo uma questão religiosa, de piedade ou assistencialismo. A alimentação não é uma questão de caridade é uma questão de justiça. Não se pode dizer que é favor ou caridade se aquilo é direito da pessoa.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">A criação do Consea em Passos abre caminho para uma grande mudança de atitude e consciência. Só pra se ter uma idéia, a lei 11.947, prevê que 30% da alimentação escolar deve ser abastecida pela agricultura familiar. Essa lei convoca a agricultura familiar para ser a grande produtora de alimentos saudáveis, adequados e solidários. A segurança alimentar é uma questão de educação! As escolas devem incluir em seu currículo a educação alimentar e nutricional, teórica e prática. Outra ação importante do Fome Zero é o PAA, Programa de Aquisição de Alimentos que propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, com isenção de licitação, a preços compatíveis aos praticados nos mercados.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Aqui em Passos temos desenvolvido a experiência da Casa Solidária que está oferecendo oportunidade às pessoas que querem sair das ruas. A horta, além de ser uma das mais saudáveis terapias, garante renda e alimento da melhor qualidade, garante auto-estima, dignidade. Na pequena experiência da horta da Casa Solidária é possível vislumbrar a sustentabilidade. Grandes ações podem ser realizadas a partir da participação coletiva, da ação conjunta entre a sociedade e a prefeitura.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Passos tem fome de ações coletivas e solidárias que possam transformar a nossa realidade. O Consea tem como missão ser um espaço democrático de referência no controle social das políticas e ações publicas com vistas à garantia do direito humano à alimentação adequada e ao desenvolvimento sustentável. O Consea é mais um instrumento criado para garantir direitos e gerar cidadania, valorizando a ética, igualdade, solidariedade, responsabilidade, competência e transparência.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-33546512558177017132010-12-16T18:01:00.000-08:002010-12-16T18:01:32.015-08:00Assistência Social<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: 30px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; line-height: 18px;"></span></span></span><br />
<div style="font-size: 12px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/assistencia_social_maos.jpg" /></span></div><div style="font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem se dedica a aprofundar os conhecimentos na organização da assistência social como política pública que garante de direitos sociais acaba se apaixonando pela causa. Definitivamente a assistência social deixa de ser aquela velha prática do assistencialismo barato que fazia questão de manter o pobre cada vez mais pobre, escravo das benesses de quem usava o dinheiro público como generosidade e vai se consolidando como direito do cidadão. A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) foi aprovada em 2004, no ano seguinte, a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS) e a cada ano se aprimoram os serviços e programas em todas as esferas de governo e, inclusive, na sociedade civil.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao tratar da política de assistência social como política de direitos sociais é importante ressaltar que essa política deve garantir benefícios e serviços de modo igualitário, ou seja, para todos. Outro detalhe importante para a implantação da política de assistência é o co-financiamento que garante a parceria no financiamento publico da política nos três níveis, federal, estadual e nacional. <br style="font-size: 1px; height: 1px;" /> <br style="font-size: 1px; height: 1px;" />Vale ressaltar que nos últimos anos, o MDS, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome não mediu esforços para viabilizar a política de assistência social em todos os municípios brasileiros. Hoje, a política de assistência social é co-financiada, ou seja, os recursos destinados para projetos no SUAS reforçam a perspectiva de que os serviços não fazem parte, unicamente, de uma política municipal de assistência social e isolada das outras esferas (estadual e federal). O montante dos recursos do Governo Federal, através do MDS para os governos estaduais e prefeituras municipais foram praticamente sextuplicados nos últimos cinco anos. <br style="font-size: 1px; height: 1px;" /> <br style="font-size: 1px; height: 1px;" />É papel dos estados e municípios se organizarem para a implementação da política de assistência social. Em Passos, por exemplo, o município já vem se organizando, desde o ano passado. A reestruturação e ampliação do CRAS 1 (Centro de Referência de Assistência Social) no bairro Penha, a definição de um local e equipe ideal para o CREAS (Centro de Referencia Especializado de Assistência Social), a inauguração do CRAS 2 no bairro Santa Luzia, a criação dos núcleos do PROJOVEM, a implantação de ações voltadas para o atendimento à população de rua, a apresentação do projeto de lei que cria os Programas Casa Lar e Família Acolhedora, as Jornadas Ampliadas, o fortalecimento do Programa Bolsa Família e a efetivação dos cursos do IGD (Índice de Gestão Descentralizada) e tantas outras ações implantadas dão um novo e verdadeiro sentido à assistência social. <br style="font-size: 1px; height: 1px;" /> <br style="font-size: 1px; height: 1px;" />Mas é preciso reconhecer que ainda falta muito, que é possível avançar muito mais.. <br style="font-size: 1px; height: 1px;" /> <br style="font-size: 1px; height: 1px;" />Outro tema que qualifica ainda mais a política de assistência social como ação emancipadora é a Economia Solidária que consiste na capacitação e valorização das cooperativas e associações de trabalhadores (catadores, moradores de rua, artesãos, costureiras, agricultores familiares, etc) garantindo a geração de trabalho e renda. É através da Economia Solidária que muitas famílias têm o seu sustento e ainda contribuem com a economia local. <br style="font-size: 1px; height: 1px;" /> <br style="font-size: 1px; height: 1px;" />Criatividade, entusiasmo e solidariedade são ingredientes para qualquer pessoa que acredita na construção de um melhor, um mundo onde ninguém precise passar fome, onde ninguém precise explorar o outro para sobreviver, onde o assistencialismo e a exploração sejam substituídos pela partilha e a comunhão. Assim vale a pena pensar, acreditar e executar a política de assistência social.<br style="font-size: 1px; height: 1px;" /> </span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-28524944545360814082010-12-16T17:59:00.000-08:002010-12-16T19:01:58.698-08:00Eleitorildo<div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: center;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/urna_eletronica_interrogacao.jpg" /></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Manhã de sábado, Eleitorildo sai para um passeio na praça central da cidade. De longe ele avistou, nas proximidades do semáforo, aquela verdadeira muvuca, parecia final de copa do mundo. Ficou pasmo diante de tanta gente segurando bandeiras nas esquinas. “Hei psiu! Pra quem você está segurando essa bandeira ai?. E a moça respondeu com um ar de cansaço: “Sei não, o que me interesse é que eu preciso do dinheiro”. Um pouco de conversa e Eleitorildo descobriu que a pessoa que segurava a bandeira nem votava no candidato que estava pagando o serviço. Na verdade, muitas pessoas trabalham como cabos eleitorais em época de eleição, apenas e tão somente por causa do dinheiro que recebem. A maioria nada sabe sobre a história do candidato que divulga. É apenas um “toma-lá, da-cá”. O que importa é divulgar.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Eleitorildo ficou pensando no verdadeiro balcão de negócios instalado no período eleitoral. Quantos milhões de reais gastos naquela parafernália toda. De onde vem esse dinheiro? Quem paga por isso, antes e depois da eleição?</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Raciocinar provocava uma revolução na mente de Eleitorildo. De repente, passam os cabos eleitorais entregando panfletos e ele pegou um por um. Chegando em casa, decidiu pesquisar a história dos candidatos, queria saber se era verdade o que estava escrito no panfleto. Eleitorildo criava coragem para desvendar os mistérios que levam uma pessoa a estar no poder. Dedicou um bom tempo avaliando cada nome. Caso a caso ele vinha correndo contar suas descobertas, discutia com outras pessoas, questionava. Começava a entender que não bastava votar porque o candidato era bonzinho. Aprofundava cada vez mais sobre a vida pregressa, os projetos defendidos, a fidelidade partidária, os apoios recebidos, os recursos investidos.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Ao aprofundar nas pesquisas, Eleitorildo descobriu que existem bons e maus políticos, que existe política e politicagem. Os bons políticos não precisam gastar muito dinheiro nas campanhas porque tem bons serviços prestados à população. Os maus políticos acabam gastando mesmo muito dinheiro para tentar reverter a imagem desgastada ou tentar passar uma outra imagem que não existe. Os bons políticos procuram conscientizar os eleitores, os maus políticos se aproveitam da falta de consciência. Os bons políticos são sinceros nas suas falas, consideram as pessoas, os maus políticos enrolam, usam as pessoas. Os bons políticos administram para a coletividade, os maus políticos administram para o seu grupo político, para sua família e seus amigos. Os bons políticos pensam na próxima geração, os maus políticos pensam na próxima eleição.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Nas suas pesquisas, descobriu também um verdadeiro contingente de eleitores que escolhem seus candidatos em troca de favores, cirurgias, cestas básicas, sacos de cimento. Aí refletiu que eleição é tempo de bons e os maus eleitores escolherem entre bons e maus políticos. De certa forma, tal conclusão chegou a ser difícil pois teve que repensar inclusive as suas próprias posturas e atitudes como eleitor. Nunca tinha pensado que alguma vez pudesse ter votado de maneira errada. Como votar então? Quais são os critérios para escolher um candidato? Descartou de vez qualquer hipótese de votar em branco pois isso só beneficiaria os políticos que compram votos. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;"><br style="height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 18px;">Consciente, o eleitor Ildo voltou à praça central e viu o pessoal nas esquinas balançando as bandeiras e já não ficou tão assustado. Mineiramente, ele começou a dizer aos eleitores que passavam para que pesquisem a história dos candidatos, que não troquem o voto por nada, ressaltando que o voto não tem preço, tem consequência. Afinal de contas, após o curto período de três meses que antecede as eleições é através do nosso voto que o político estará lá definindo os rumos de toda uma sociedade. Escolher através do voto é a maior responsabilidade dada a um cidadão.</span></span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-43693094162079958952010-12-16T17:58:00.001-08:002010-12-16T17:58:41.335-08:00Dados de Passos<div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: center;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/pes_homem_de_rua.jpg" /></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">"Havia um pequeno dado, jogado sobre a mesa. Ali, nada era certeza, tudo era interrogar. Mas pra minha surpresa, na forma de um colosso. Dado, meu pequeno Dado, jogado. Que Plínio, Dilma, Serra ou Marina, ajudem a mudar a cena de tantos dados jogados”. </div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Ao ouvir Marina Silva no debate entre os presidenciáveis, fui pesquisar a vida do garoto que a senadora homenageava. Descobri que o menino de 5 anos era mais um daqueles “dados jogados na rua”, que a gente vê pedindo esmolas. Aos 4 anos, o menino já dançava hip-hop para os irmãos passarem o chapéu. Era uma das principais fontes de sustento da família, que mora num dos mais marginalizados bairros de Recife.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Dado é um dos cem alunos da Escola Popular de Direito Constitucional, onde 60 crianças aprendem direitos e deveres. A escola é informal, funciona numa sala precária, com paredes sem reboco, telhado de zinco, numa rua onde falta esgoto, calçamento e água. A diretora é analfabeta, já foi traficante e catadora de materiais recicláveis. Perdeu um filho, dois irmãos e cinco maridos. Foi na casa dela que a escola começou. Na escola, mantida com doações, os meninos aprendem o que é a Constituição, estudam as leis e descobrem a cidadania. A idéia da escola surgiu no cemitério, durante um enterro de jovens assassinados no bairro.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Dado já sabe que “todos são iguais perante a lei”. A mãe, de 34 anos morava na rua, quando lhe roubaram o terceiro filho, enquanto ela dormia. Nunca mais achou o menino, que se estiver vivo, tem 12 anos. Dado é o penúltimo da prole de seis. O pai biológico era viciado em crack. Roubou uma carroça e foi queimado vivo enquanto dormia, em dezembro passado, aos 24 anos.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Minha cidade está cheia de Dados. Daqui a pouco, um deles, viaja comigo. Estaremos juntos na sede da Procuradoria de Justiça do Estado de Minas Gerais para participar do lançamento da Cartilha “Direitos do Morador de Rua”. Quero compartilhar aqui, um pouco da história do menino André, um “Dado de Passos”.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">No ano 2001, organizamos os catadores de materiais de recicláveis para participar do 1º Encontro Nacional da População de Rua e dos Catadores em Brasília. O ônibus, lotado de catadores, estudantes e apoiadores saiu da pracinha perto da Igreja de São Francisco. Nos bancos, todos eram adultos. Entrando no Estado de Goiás, resolvi verificar como estava o pessoal e encontro o menino numa das poltronas. Ao questionar como ele entrara no ônibus, o danado respondeu sorrindo: “Estava escondido no banheiro”. Depois de uma bela bronca, seguimos viagem. Iniciado o Encontro em Brasília, chega o representante do Embaixador do UNICEF no Brasil, Renato Aragão, o Didi, escoltado por seguranças. Composta a Mesa, ao tirar uma foto, não conseguia acreditar no que via: no centro da mesa, lá estava André, ao lado do Renato Aragão, tão importante quanto todas as autoridades ali presentes.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">De volta a Passos, no ano 2001, ao falar sobre o Encontro de Brasília, comentei com então prefeito na época, Dr. Hernani, sobre nossa responsabilidade sobre a vida daquele garoto. Não vou tecer detalhes sobre sua história, mas ela é muito parecida com a do Dado de Recife. Há alguns dias, o encontrei nas imediações da rodoviária velha em Passos e ele me contou que estava cursando o ProJovem e queria um lugar para morar. Falei sobre as condições exigidas na Casa Solidária: não beber nem usar drogas. O garoto topou na hora. André é um dado a menos nas ruas de Passos. Nossos dados precisam de oportunidades de acolhimento, tratamento, educação e saúde. Recolher dados e jogar estrelas de volta ao mar. Ações possíveis onde houver vontade política e solidariedade humana.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-816936126100819505.post-6488627899677022792010-12-16T17:57:00.000-08:002010-12-16T17:57:39.051-08:00Proteger a criança prevenir o infrator<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><img src="http://www.passosnews.com/images/stories/CANAIS/Opiniao/crianca_adolescente.jpg" /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">A proteção social de crianças e adolescentes está na “ordem do dia” em Passos. Uma cidade que preza a dignidade dos seus filhos menores não pode dar as costas para a grave questão do abandono, violência e negligência em que se encontram suas crianças e adolescentes e para a existência de tantos menores infratores. É fato comprovado que a maioria das crianças violentadas se tornam adolescentes e adultos infratores. Enquanto para muita gente é mais fácil apontar os erros e defeitos, para outros o mais importante é arregaçar as mangas, apontar soluções viáveis e fazer de tudo para executá-las.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Como é de conhecimento de todos, a cidade não tem um local para acolher crianças e adolescentes vítimas de abandono e violência. Quando há necessidade de afastá-los da família ou acolhe-los, eles são encaminhados para o abrigo mais próximo em Cássia. Tal situação fere o direito à convivência familiar e comunitária previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Depois de vários estudos, pesquisas, audiências públicas, visitas aos órgãos dos governos federal e estadual e a experiências de abrigamento e de diversos debates junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Passos enviou à Câmara Municipal uma proposta de lei que, em síntese, cria duas modalidades de acolhimento: Casa Lar e Família Acolhedora. Os projetos são de fundamental importância para atender crianças e adolescentes buscando um melhor desenvolvimento e atendimento das suas necessidades, não perdendo de vista a perspectiva da reintegração familiar.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">A Casa Lar em nada se assemelha ao abrigo institucional, como o próprio nome indica é uma residência onde o atendimento é personalizado e em pequenos grupos. Na Casa Lar, as crianças serão cuidadas pelas mães sociais e por auxiliares buscando garantir a qualidade do vinculo, a articulação com a comunidade e os serviços necessários para o atendimento da necessidade individual de cada um. A Família Acolhedora é uma família que temporariamente substitui a família de origem garantindo a proteção da criança e do adolescente. Os dois projetos têm o acompanhamento de uma equipe técnica formada por psicólogos e assistentes sociais e um coordenador e significam, antes de tudo, uma verdadeira ação humanizadora.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">Na raiz de todos os problemas ligados à exploração, violência, maus tratos e negligência contra crianças e adolescentes está o uso de álcool e drogas. Famílias são destruídas, filhos e pais que abandonam suas casas e crianças são entregues à mendicância. O caminho que leva à marginalidade não é obra do acaso, mas é fruto da omissão e indiferença dos Poderes Públicos e da sociedade. A inoperância e o descaso são cúmplices da criminalidade. Crianças e adolescentes não nascem maus, mas se rebelam contra as “pessoas respeitáveis” porque os adultos não souberam garantir uma comunidade humanizadora onde o calor humano, carinho e compreensão sejam ações permanentes e naturais.</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><br style="font-size: 1px; height: 1px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">A criação dos projetos Casa Lar e Família Acolhedora em Passos representa uma ação concreta na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Acolher os menores submetidos a qualquer forma de exploração é uma solução preventiva para combater a causa provocadora do menor infrator. Após a aprovação da lei, o município se prepara para a contratação das mães sociais, auxiliares, a composição da equipe técnica e a capacitação das famílias acolhedoras. O desafio é grande e implica numa verdadeira mudança de cultura e visão frente ao problema da violência. No entanto, será o primeiro e decisivo passo para assegurar uma cidade melhor, mais justa e humana para nossas crianças e adolescentes. </span>Auro Maiahttp://www.blogger.com/profile/13900115659408767796noreply@blogger.com0